em várias capitais e cidades do interior, pedindo “intervenção federal”, por motivos diversos: desde uma suposta fraude na apuração – acusação frontalmente refutada pelo TSE –; por uma alegada atuação parcial do tribunal na disputa, para favorecer Lula e prejudicar Bolsonaro; seja pela suspeita de supressão de inserções de rádio na propaganda, especialmente no Nordeste – acusação feita pela campanha e arquivada pelo TSE.
Tradicionalmente, as Forças Armadas não participam da fiscalização do sistema de votação. Assumiram esse papel no ano passado, a convite do TSE, após a rejeição, pelo Congresso, do voto impresso, bandeira histórica de Bolsonaro. O objetivo do tribunal era obter uma chancela de mais uma instituição relevante no país, e bastante próxima do presidente neste governo. Desde então, no entanto, os militares passaram a questionar vários itens de segurança do processo e a sugerir melhorias – parte foi acolhida e parte rejeitada.
O projeto-piloto do teste de integridade foi uma das sugestões – inicialmente ela foi rejeitada pelo ministro Edson Fachin, que presidiu o TSE até agosto, mas depois foi aceita pelo atual presidente da Corte, Alexandre de Moraes. Dias após o primeiro turno, ele afirmou que não houve falhas no funcionamento das urnas testadas.