21 de Setembro de 2022, 11:01
  -  Crime - Goiânia
Vendedor negro denuncia que mulher o chamou de ‘macaco’ quando cobrava pagamento da pensão da filha dele

Em áudio, a mãe da menina disse que negros não têm responsabilidade. Mulher falou que não é racista e os xingamentos foram enviados em um momento de raiva.

O operador de máquinas e vendedor Henrique Silva Florêncio, de 25 anos, denunciou que a mãe de sua filha xingou de “macaco” ele e seu sócio, Victor Santos Coimbra, de 18. Henrique contou que a mulher se revoltou porque ele atrasou a pensão da menina de 1 ano. Os xingamentos foram enviados por áudio, em Anápolis, a 55km de Goiânia (ouça acima).

 

“É mal de negro, né? Preto, macaco, descendente de macaco são desse jeito. Tão acostumado a comer casca de banana o tempo todo e aí não tem responsabilidade com nada. Bando de macaco é o que vocês são. Mortos de fome!”, disse a mulher no áudio.

Ao g1, a mulher contou que nunca teve uma relação com Henrique e que o contato deles é feito exclusivamente por conta da filha. A mulher disse que as conversas deles são conturbadas e, no dia em que enviou o áudio, a bebê estava internada com infecção intestinal e ela não tinha dinheiro para comprar leite.

 

“O que eu fiz foi erradíssimo, eu não sou uma pessoa racista, até porque eu tenho uma filha negra, eu tenho um filho negro. Foi um momento de muita raiva. Eu não sou esse monstro do áudio”, contou a mulher.

Henrique e Victor explicaram que vendem bolo de pote como forma de renda extra e, os xingamentos foram enviados ao número de Victor no dia 16 deste mês. O boletim de ocorrência foi registrado na última segunda-feira (19) para a Polícia Civil vai investigar o caso.

Antes do dia 10 ela mandou mensagem perguntando e eu falei que não tava com o dinheiro que não tinha o dinheiro que depositaria no dia 20 desde então ela se irritou e começou a me ligar me perturbar me ofender”, explicou Henrique.

 

O g1 não conseguiu contato com o delegado responsável pelo caso até a última atualização desta reportagem.

 

Henrique falou que, depois de avisar a mulher a data do pagamento, ela começou a ligar várias vezes, tirando seu sossego no local de trabalho. Após as constantes ligações, Victor teria bloqueado o número dela e, por isso ela teria entrado em contato com Victor.

 

“Ela me ligou por conta de todo esse processo da pensão alimentícia do Henrique, querendo saber porque ele ‘tava’ atrasando e tal, foi onde eu falei para ela que não tinha nada a ver com isso e ela começou a mandar os áudios”, descreveu Victor.

Os vendedores contaram ainda que, em uma das mensagens, a mulher diz: “É só você olhar para a cara dele que você vê um macaco direitinho”.

 

Revoltado, Henrique completou que em fevereiro deste ano a mulher também o xingou e o ameaçou. O boletim de ocorrência registrado na época descreveu que a mulher disse que o vendedor ia “amanhecer com a boca cheia de formiga”, e o chamou de “neguinho lixo humano”.

 

Ao g1, o advogado José Wando Jesus de Mendonça, que defende Henrique e Victor, contou que também foi xingado pela mulher. A ocorrência narrou que o ataque aconteceu por uma rede social.

 

“Vou acabar com sua raça, você e ele são vagabundos, nojentos, não presta para advogado, cachorro!”, disse a mulher, segundo o advogado.

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