Equipes goianas conquistaram 1º, 2º, 3° e 5° lugares na primeira fase da I Olimpíada Brasileira de Satélite. Minissatélites também vão monitorar o plantio de lavoura; veja detalhes de cada projeto.
Pensando no futuro, através da tecnologia, estudantes do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Campinas, em Goiânia, criaram minissatélites. São cinco equipes que vão monitorar incêndios florestais e urbanos, mapear territórios indígenas, fornecer internet aos povos quilombolas e monitorar o plantio de lavouras.
Ao equipes do colégio trabalham com orientação do professor Leandro Hall e direção de Michelle Bellei. Leandro explicou que o colégio ganhou os minissatélites (de forma bruta), chamados de CanSat e CubeSat, após bons resultados na primeira fase da I Olimpíada Brasileira de Satélites (Obsat), organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
“Para a ciência goiana é um grande avanço, alunos de ensino fundamental e médio programando satélites e pensando até no âmbito social. São alunos que estão em processo de educação básica e já estão envolvidos com tecnologia e ciência. Esses alunos serão profissionais graciosos, outras partes são desenvolvidas, não só a técnica e intelectual”, falou Leandro.
A primeira etapa da Obsat aconteceu em 2021 e, do Sesi, as equipes conquistaram 1º, 2º, 3° e 5° na categoria de ensino fundamental, segundo Leandro. Na segunda etapa, os estudantes adaptaram os minissatélites, adicionaram câmeras e proteção térmica, além de realizarem testes em solo goiano.
Nessa etapa, os minissatélites ganharam sensores de temperatura, luminosidade, gás carbônico, pressão, giroscópio, magnetômetro e acelerômetro.
Ansiosos para a terceira e penúltima etapa da olimpíada, que acontece no dia 17 de setembro, no evento, os estudantes vão linkar os satélites à balões estratosféricos de teste que serão lançados à estratosfera, em Goiânia. A previsão é que a final da Obsat aconteça até novembro.
Equipes e detalhes dos projetos
Projeto Fighting Fires
Equipe: Spice Girls
Integrantes: Brenda Luís e Jacklline Silva
Objetivo: Segundo o coordenador, o projeto surgiu com a proposta de identificar incêndios florestais. Idealizado em meio aos incêndios na Chapada dos Veadeiros no ano passado, os minissatélites monitoram focos de calor com os sensores e com as câmeras e encaminham para o Corpo de Bombeiros.
Projeto Firelink
Equipe: Dynamic Space
Integrantes: Gustavo Herculano e João Pedro Pereira
Objetivo: O projeto foi desenvolvido para mapear incêndios urbanos. Pensado na região de Campinas, o coordenador explicou que um sensor identifica possíveis focos de incêndio por meio da mudança de temperatura e envia o sinal para o Corpo de Bombeiros, que identifica se é, ou não, um incêndio.
Projeto Quilombolas on-line
Equipe: Robotic Engineers
Integrantes: Karolaynne Mazzei e Luíza Mercadante
Objetivo: Levar internet aos povos quilombolas. De acordo com o coordenador, o minissatélite vai mapear as regiões que mais precisam de internet e emitir sinal de wi-fi.
Projeto CanAgro
Equipe: Engineers Of Star
Integrantes: Sinval Júnior e João Carlos Barbosa
Objetivo: O coordenador explicou que o projeto tem como objetivo monitorar as fases do plantio de soja e as possíveis pragas que possam surgir na lavoura durante o processo de amadurecimento do grão.
Projeto Miss Fortune
Equipe: Star Guardians
Integrantes: José Fernandes, Mariana Cazimiro e Ana Clara Gonzales.
Objetivo: Segundo Leandro, o Miss Fortune vai monitorar os territórios indígenas, para evitar a invasão de garimpeiros e madeireiros na região Centro-Oeste.
Fonte: g1