12 de Agosto de 2022, 08:06
  -  VACINAÇÃO - Brasil
Entenda por que é importante vacinar as crianças contra Poliomelite (Pòlio)

Campanha de imunização no Brasil começou na segunda. Casos diagnosticados em Israel e nos Estados Unidos acenderam um alerta mundial

 

 

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite começou na segunda-feira (8/8) em todo o Brasil. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% das crianças com idades entre 1 e 4 anos contra a doença, que é considerada erradicada no país, mas ainda exige vacinação da população pediátrica.

 

 

A ação visa melhorar os indicadores de imunização infantil no Brasil, que estão em queda desde 2015. No ano passado, a campanha ficou longe de bater a meta estipulada pelo governo, com cobertura de apenas 67,1% do público-alvo, de acordo com a Fiocruz.

 

 

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é eficaz contra os vírus dos tipos 1, 2 e 3 da poliomielite. Desde 2016, no primeiro ano de vida, as crianças recebem as três doses da vacina VIP (vacina inativada poliomielite) e, nos reforços anuais e na campanha, é aplicada a VOP (vacina oral poliomielite).

 

 

A poliomielite é uma das doenças mais perigosas do mundo, e pode causar sequelas graves ao paciente infectado. Porém, depois de esforços coletivos, medidas de vigilância epidemiológica e campanhas fortes de vacinação (o personagem Zé Gotinha foi criado especificamente para convencer as crianças e os pais a procurarem a imunização), a pólio foi considerada erradicada no Brasil — o último caso foi registrado em 1989.

 

 

Em 1994, o vírus selvagem da poliomielite foi declarado erradicado nas Américas pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

 

Por que as crianças devem ser imunizadas?

Apesar de o poliovírus não circular mais no Brasil, ele ainda está presente em alguns países do mundo, e uma pessoa contaminada pode entrar nas fronteiras do país. Se encontrar uma população desprotegida, a doença pode voltar a infectar as crianças e o patógeno tem chances de sofrer novas mutações, dificultando o controle.

 

“Junto com outras doenças como o sarampo, a pólio era responsável por um grande número de casos com complicações em crianças, com sequelas, hospitalizações e morte”, lembra o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha.

 

 

Como a doença desapareceu do país há muito tempo, os pais de hoje não conhecem pacientes que tenham sido infectados na infância — esse é considerado um dos principais motivos para a baixa cobertura vacinal. Lutar contra uma condição invisível é um dos desafios dos infectologistas.

 

Como é a doença?

A poliomielite – também conhecida como pólio ou paralisia infantil – é altamente contagiosa e pode causar quadros graves, como paralisia dos membros inferiores, com consequências importantes para o resto da vida, como sequelas esqueléticas e motoras.

 

A transmissão se dá pelo contato direto com secreções eliminadas pela boca ou pelas fezes do indivíduo infectado. O poliovírus se aloja no intestino e na garganta do paciente, onde se multiplica até entrar na corrente sanguínea — uma vez circulando no corpo, sem tratamento, pode atingir o cérebro.

 

Em casos mais severos, o vírus pode atingir os neurônios motores e causar a paralisia, ou desencadear um quadro de meningite, condição que pode levar à perda de audição e visão, epilepsia e paralisia.

 

Outro desdobramento perigoso é quando o poliovírus chega ao local que controla os músculos responsáveis pela respiração e deglutição — nesses casos, o paciente pode precisar de ventilação mecânica e nutrição enteral.

 

Segundo Cunha, 5% a 10% das pessoas que tinham a paralisia de forma sintomática morriam pela poliomielite. A doença só é prevenível pela imunização dos grupos de risco. “Com altas coberturas vacinais, a proteção da vacina é para o indivíduo e para a coletividade”, diz o presidente da SBIm. 

 

MENUPushBUSCA

Esconder menu

 

Saúde

Entenda por que é importante vacinar as crianças contra a pólio

Campanha de imunização no Brasil começou na segunda. Casos diagnosticados em Israel e nos Estados Unidos acenderam um alerta mundial

Bethânia Nunes

09/08/2022 2:00,atualizado 09/08/2022 17:05

 

 

vacinaçãoMyke Sena/Especial para o Metrópoles

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite começou na segunda-feira (8/8) em todo o Brasil. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% das crianças com idades entre 1 e 4 anos contra a doença, que é considerada erradicada no país, mas ainda exige vacinação da população pediátrica.

 

 

A ação visa melhorar os indicadores de imunização infantil no Brasil, que estão em queda desde 2015. No ano passado, a campanha ficou longe de bater a meta estipulada pelo governo, com cobertura de apenas 67,1% do público-alvo, de acordo com a Fiocruz.

 

 

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é eficaz contra os vírus dos tipos 1, 2 e 3 da poliomielite. Desde 2016, no primeiro ano de vida, as crianças recebem as três doses da vacina VIP (vacina inativada poliomielite) e, nos reforços anuais e na campanha, é aplicada a VOP (vacina oral poliomielite).

 

Mais sobre o assunto

Campanha de vacinação contra a poliomielite começa nesta segunda (8/8)

Reino Unido acende alerta após vírus da pólio aparecer em esgoto

Fiocruz: Brasil tem 500 mil crianças não vacinadas contra poliomielite

Poliomielite ressurge no mundo: baixa vacinação no Brasil causa alerta

A poliomielite é uma das doenças mais perigosas do mundo, e pode causar sequelas graves ao paciente infectado. Porém, depois de esforços coletivos, medidas de vigilância epidemiológica e campanhas fortes de vacinação (o personagem Zé Gotinha foi criado especificamente para convencer as crianças e os pais a procurarem a imunização), a pólio foi considerada erradicada no Brasil — o último caso foi registrado em 1989.

 

 

Em 1994, o vírus selvagem da poliomielite foi declarado erradicado nas Américas pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

 

Por que as crianças devem ser imunizadas?

Apesar de o poliovírus não circular mais no Brasil, ele ainda está presente em alguns países do mundo, e uma pessoa contaminada pode entrar nas fronteiras do país. Se encontrar uma população desprotegida, a doença pode voltar a infectar as crianças e o patógeno tem chances de sofrer novas mutações, dificultando o controle.

 

“Junto com outras doenças como o sarampo, a pólio era responsável por um grande número de casos com complicações em crianças, com sequelas, hospitalizações e morte”, lembra o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha.

 

por taboola

conteudo patrocinado

MORO TRIL

|

PATROCINADO

Motorista em Ceres perde muito peso pingando somente 12 gotinhas deste composto!

Como a doença desapareceu do país há muito tempo, os pais de hoje não conhecem pacientes que tenham sido infectados na infância — esse é considerado um dos principais motivos para a baixa cobertura vacinal. Lutar contra uma condição invisível é um dos desafios dos infectologistas.

 

Como é a doença?

A poliomielite – também conhecida como pólio ou paralisia infantil – é altamente contagiosa e pode causar quadros graves, como paralisia dos membros inferiores, com consequências importantes para o resto da vida, como sequelas esqueléticas e motoras.

 

A transmissão se dá pelo contato direto com secreções eliminadas pela boca ou pelas fezes do indivíduo infectado. O poliovírus se aloja no intestino e na garganta do paciente, onde se multiplica até entrar na corrente sanguínea — uma vez circulando no corpo, sem tratamento, pode atingir o cérebro.

 

Em casos mais severos, o vírus pode atingir os neurônios motores e causar a paralisia, ou desencadear um quadro de meningite, condição que pode levar à perda de audição e visão, epilepsia e paralisia.

 

Outro desdobramento perigoso é quando o poliovírus chega ao local que controla os músculos responsáveis pela respiração e deglutição — nesses casos, o paciente pode precisar de ventilação mecânica e nutrição enteral.

 

Segundo Cunha, 5% a 10% das pessoas que tinham a paralisia de forma sintomática morriam pela poliomielite. A doença só é prevenível pela imunização dos grupos de risco. “Com altas coberturas vacinais, a proteção da vacina é para o indivíduo e para a coletividade”, diz o presidente da SBIm.

 

 

Casos no mundo

Em meados de março, o Ministério da Saúde de Israel confirmou o primeiro caso de pólio no país desde 1988. Uma menina foi diagnosticada com a doença e outros seis casos não sintomáticos foram detectados na área de Jerusalém. Nenhum dos pacientes havia sido vacinado.

 

Testes com as amostras de água residual mostraram que o vírus estava presente no esgoto de outras três cidades.

 

Em julho deste ano, um morador de Nova York, nos Estados Unidos, foi diagnosticado com a doença um mês após sofrer paralisia. Ele foi o primeiro paciente do país em quase dez anos.

 

“Esses casos nos EUA e em Israel, países com altas taxas de cobertura vacinal, nos fazem dois alertas: que é fundamental ter alta cobertura vacinal, e que as pessoas não vacinadas estão em risco. Como as nossas coberturas vacinais estão muito baixas – em torno de 70% pra a série primária –, nós temos uma população muito grande de crianças vulneráveis”, afirma o presidente da SBIm.

BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO