Do outro lado, Malafaia, próximo de Bolsonaro, rebate: 'Não vamos tomar lama por causa de dois camaradas'
Aliado do ex-presidente Lula na corrida pela Presidência, o pastor Paulo Marcelo Schallenberger tem dito aos evangélicos que a suspeita de que o Ministério da Educação direcionou dinheiro público para municípios indicados por pastores está expondo as igrejas e é a prova de que a aliança com o governo de Jair Bolsonaro (PL) não vale a pena.
“Nada que os líderes (pastores aliados de Bolsonaro) venderam a vocês compensa essa vergonha, o poder não é para nós”, disse Schallenberger nas redes sociais, ao defender que a religião não se misture com governos. “Será que valeu a pena a aliança com esse projeto de poder? Vendo a igreja ser exposta assim? E os outros 70% da população, o que pensam da igreja? E Deus?”, escreveu no Instagram, onde tem 184 000 seguidores.
Apesar de criticar a exposição dos evangélicos no episódio, Schallenberger evita atacar o pastor Gilmar Santos, da Assembleia de Deus Cristo para Todos, de quem é velho conhecido. Santos e outro pastor, Arilton Moura, são os pivôs da crise no MEC na gestão do também pastor Milton Ribeiro.
“Um pastor de 70 anos, com 40 de ministério (atividade religiosa), sendo destruído pela opinião pública”, diz Schallenberger sobre Gilmar Santos.
Do outro lado, líderes próximos de Bolsonaro rebatem. Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, divulgou vídeo nesta sexta-feira, 25,
em que pede à Polícia Federal e ao Ministério Público a investigação dos pastores do MEC,com a quebra de sigilo deles, pois as suspeitas não podem servir para macular toda a comunidade evangélica. “Nós somos mais de 200 000 mil pastores neste país e não vamos tomar lama por causa de dois camaradas",
diz Malafaia, voltando a carga contra o PT. “Quem encobre corruptos é o PT.”
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