Uma moradora de Ceres, que contraiu uma nova variante do coronavírus, conta que os primeiros sintomas foram semelhantes a uma crise alérgica. A professora Daniara Raiane Silva já havia sido diagnosticada com Covid-19 em julho do ano passado e teve novos sintomas três meses depois, em outubro.
“Quando eu comecei com os sintomas, veio primeiro uma sensação alérgica. Quando [é alérgico] tomo antialérgico e funciona, mas com a Covid não funciona, então eu tomei e falei: ‘Estou com Covid novamente’. Como eu já tinha sentido a falta de ar, a dor nas costas, aí liguei e solicitei o exame de reinfecção”, conta.
O resultado, no entanto, só foi confirmado no início deste mês. “Somente agora saiu o sequenciamento do novo vírus mostrando que é uma cepa diferente, que é a P2”, diz a professora.
Essa variante, segundo o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino veio de Manaus.
Até quarta-feira (17), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já havia identificado três variantes do coronavírus em Goiás. O grande potencial de transmissão dessas mutações preocupa o governo.
"Essas três novas cepas da segunda onda têm demonstrado maior transmissibilidade e já estão em transmissão comunitária", explica Alexandrino.
A última variante identificada é a P1 e veio de Manaus. O resultado do exame com a confirmação saiu na segunda-feira (15).
Cuidados
De acordo com o virologista Fernando Spilki, devido ao potencial mais transmissível das novas cepas, os cuidados precisam ser intensificados.
“É um momento de elevado alerta, de grande cautela. Que as pessoas comecem efetivamente a tomar cuidados que, infelizmente, não vêm sendo tomados”, afirma.
Segundo o especialista, os cuidados valem para todas as pessoas, inclusive quem já foi diagnosticado com a Covid-19, pois tratam-se de novas variantes do coronavírus.
“Fica o alerta para as pessoas que já tiveram a infecção. A partir de agora, com essas variantes, precisam se cuidar o máximo possível”, pontua.
*Com informações G1-GO