01 de Abril de 2020, 12:14
  -  Economia - Brasil
Dólar sobe e se aproxima de R$ 5,25 com tensões por avanço da COVID-19

O dólar sobe nesta quarta-feira, se aproximando do patamar de R$ 5,25. O mercado reage a sinais de impacto econômico crescente da pandemia do coronavírus, apesar de medidas globais de estímulo.

 

Às 11h02, a moeda norte americana avançava 0,72%, a R$ 5,2441. 

 

O Banco Central, a partir desta quarta-feira, dará início à rolagem de contratos de swap cambial com vencimento em 4 de maio de 2020, totalizando US$ 4,9 bilhões.

 

Segundo o BC, a medida prevê a realização de leilões diários de swap tradicional e compreenderá o período necessário para que todo o estoque desse vencimento seja renovado.

 

Além disso, o governo publicou na terça-feira Medida Provisória (MP) que muda a tributação de investimentos de bancos no exterior, buscando eliminar distorções ligadas a operações de hedge pelas instituições financeiras, o que, segundo autoridades, deve suavizar movimentos de câmbio.

Alta de 16% em março

 

Na sessão da véspera (31), o dólar fechou em leve alta de 0,25% em relação o real, cotado a R$ 5,194 na venda -- o segundo maior valor já registrado na história. No acumulado do mês e também do primeiro trimestre, a moeda-americana teve um de seus piores desempenhos em ao menos uma década.

 

Em março, o dólar avançou 15,92% frente ao real, maior valorização mensal desde setembro de 2011 (+18,15%). De janeiro a março, a alta acumulada é de 29,5%, a mais forte para um trimestre desde os três meses findos em setembro de 2002, quando, no auge na corrida eleitoral que daria a Luiz Inácio Lula da Silva seu primeiro mandato presidencial, a moeda americana subiu 33,16%.

 

Mesmo com os indícios de que a produção industrial chinesa tenha melhorado em março, e às voltas com pacotes agressivos de ajuda de diversos países e bancos centrais, o mercado ainda segue temeroso com os próximos passos da pandemia de coronavírus e seus impactos na economia e na vida das pessoas.  

 

A atividade industrial da China expandiu inesperadamente em março após um colapso no mês anterior. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da China subiu para 52 em março, depois de registrar a mínima recorde de 35,7 em fevereiro, informou nesta terça-feira a Agência Nacional de Estatísticas do país. Pontuações acima de 50 indicam crescimento.

 

A reação da indústria chinesa é positiva para o Brasil, grande exportador de commodities para o país asiático. "Porém, isso não é suficiente para deter as quedas, frente o temor dos avanços da pandemia de coronavírus e impactos econômicos que ela gera”, diz Cristiane Fensterseifer, especialista em ações da casa de análises Spiti.

*(Com Reuters)

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