A Polícia Civil, em parceria com o Corpo de Bombeiros, localizou um osso humano dentro de uma cisterna, em uma casa desabitada de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. A corporação suspeita que a parte do corpo seja de uma mulher que desapareceu há três anos e frequentava o local para usar drogas.
A polícia chegou ao local depois que a família de Fátima Gleiciane da Silva recebeu uma ligação anônima, na última sexta-feira (28), dizendo que o corpo dela estaria no local. Segundo os parentes, que cuidam dos cinco filhos da mulher, ela não é vista desde abril de 2017, quando tinha 29 anos.
"Ela morava aqui perto e era usuária de drogas nessa casa. Naquele dia, ela saiu e não voltou. Desde então, os parentes procuram por ela", disse ao G1 o delegado Álvaro Melo, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia.
Apesar do aviso, a polícia só conseguiu viabilizar questões técnicas para as buscas na cisterna na quarta-feira (4). O buraco tem 12 metros de profundidade e estava com água pela metade. Ao ser esvaziado, a parte do corpo foi encontrada.
Osso da coluna
De acordo com Melo, a perícia já confirmou se tratar de um osso humano, mais precisamente o cóccix, que fica na base da coluna. "O osso foi encaminhado para ser analisado e vamos requisitar que seja realizado um exame de DNA para comprovar se pertence ou não à Fátima", disse o delegado.
A família de Fátima, que acompanha o trabalho, diz que espera que este seja o fim de uma agonia.
"A gente travou essa batalha nesses três anos de encontrar ela e dar um respaldo final para que os filhos estejam conscientes do que aconteceu com a mãe deles", afirma Luiz Roberto, padrasto da mulher.
Novas buscas
Na manhã desta quinta-feira (5), a polícia e os bombeiros realizam novas buscas no local em busca de mais ossos. O delegado acredita, inclusive, que restos mortais de outras pessoas também possam estar no local.
"A gente não descarta que mais ossos de outras pessoas estejam lá. A casa era um 'mocó' (onde as pessoas se reúnem para usar drogas) e nada impede que pessoas tenham sido mortas e jogadas ali. Trabalhamos com todas as hipóteses", afirma.