As fortes chuvas que causaram alagamentos em São Paulo no início da semana provocaram destruição pela cidade. Estacionamentos foram invadidos pela água e vários carros, até mesmo uma Lamborghini Huracán avaliada em R$ 1,6 milhão, foram atingidos.
Ao Jornal, o projetista Fernando Santos, que estava com o carro de luxo em sua residência no dia do incidente, disse que o veículo não era segurado.
“Não sei o tamanho do prejuízo, e se o carro tem recuperação. O carro não tem seguro, porque ele ia entrar em preparação”, afirmou Santos, que tem o nome profissional de Fernando Mutant.
O veículo estava em um condomínio na Vila Leopoldina, em São Paulo, quando as enchentes da última segunda-feira (10) começaram. “O que era um sonho acabou virando um pesadelo”, disse o projetista, que ainda não conseguiu dormir desde que a garagem do edifício foi tomada pelas águas.
O modelo pertence uma produtora de conteúdo e está envolvido em um projeto chamado de "Mutant Supercars", que iria produzir uma série de vídeos mostrando a preparação do carro, que seria feito no Brasil.
No processo, o superesportivo passaria por mudanças no motor, conjunto mecânico e até mesmo na aerodinâmica.
De acordo com Fernando Santos, o carro foi recebido por uma doação, e o dinheiro levantado em um futuro leilão, ao final do projeto, seria destinado a alguma entidade assistencial.
‘O carro não é de milionário’
Sobre a grande repercussão que o caso teve, ele afirma que tem acompanhado o que as pessoas estão falando nas redes sociais.
“Tem muito comentário negativo, mas ninguém imagina o que tem por trás dessa história”, explicou o preparador.
Ele afirma que o carro faz parte de um projeto que pretende levar a Lamborghini passar de 610 cavalos para 1.500 cavalos.
O cupê sai de fábrica com motor V10 5.2 com 57,1 kgfm de torque com injeção direta e indireta, câmbio automatizado de dupla embreagem de sete marchas e tração nas quatro rodas.
De acordo com dados da montadora, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em apenas 3,2 segundos, e de 0 a 200 km/h em 9,9 segundos. A velocidade máxima é de 325 km/h.
“É uma história que tem o outro lado da moeda. Tem um lado solidário. Não é um milionário igual todo mundo está comentando, que teve um prejuízo, e amanhã vai comprar um outro carro zero de novo. É uma ação social que foi prejudicada”, completou.
"Como era um carro que não seria utilizado no dia-dia, ele não tinha mais seguro. Então isso deixou a gente um pouco sem rumo, mas estamos confiantes que possamos reverter", afirmou Vinícius Vilela, CEO da Trend Innov Action, a produtora responsável pelo projeto.
Fonte:G1