05 de Novembro de 2019, 07:19
  -  Assistência Social - Trindade
Mulher com deformidade rara pede ajuda para fazer cirurgia: 'Meu pior inimigo é o espelho'

Aos 35 anos de idade, tudo o que Marta Helena Barbosa deseja é uma chance de recomeçar a vida sem ser julgada pela aparência. Por causa de uma doença considerada rara, Marta Helena, que mora em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, tem uma deformidade que a faz sofrer preconceito e não conseguir emprego. Por isto, ela pede ajuda para fazer uma cirurgia plástica.

 

 

“Meu maior sonho é fazer essa plástica no rosto, não para eu ter beleza, mas para trabalhar e conseguir criar meus filhos. Não consigo [trabalhar] porque hoje em dia o que manda é a aparência”, diz.

 

 
 

Ela tem neurofibromatose, uma doença genética que pode causar tumores no sistema nervoso, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Segundo Marta, a deformidade surgiu quando ela tinha 1 ano de idade, mas passou a se manifestar de forma visível a partir dos 15 anos. Ela conta que vive isolada “desde quando se entende por gente”.

 

“Não tem coisa mais doída que você sair e os outros apontarem o dedo. Meu pior inimigo é o espelho. Fico mais isolada. Só saio para arrumar alguma documentação, ir ao hospital, mas, mesmo assim, só saio de cabeça baixa”, afirma.

 

 

Para Marta, a cirurgia seria uma forma de acabar com a humilhação e preconceito que tem enfrentado nos últimos 20 anos.

 
 
 

“Preciso da cirurgia para eu parar de ficar me humilhando para os outros, porque você bate de porta em porta, e a porta sempre está fechada. Porque preciso trabalhar para ter um objetivo na vida e conseguir cuidar dos meus filhos. Se eu não fizer isso, vou perder onde moro”, diz, emocionada.

 

Medo de perder a casa

 

Desde a comprovação da neurofibromatose, aos 12 anos, Marta Helena recebe auxílio-doença mensalmente. O valor é equivalente a um salário mínimo.

 

No entanto, o dinheiro não é suficiente para sustentar ela e os dois filhos, de 17 e 15 anos. Os três moram em uma casa que ela construiu com o dinheiro da venda de balinhas na rua, mas as prestações do lote ainda precisam ser pagas ao longo de 12 anos.

 

“Todo mês é R$ 380 do lote. Aí tem água, energia, despesa dentro de casa, o bujão de gás, material escolar dos meninos, e aí vai indo”, comenta.

 

Segunda cirurgia

 

Marta Helena conta que chegou a ganhar uma cirurgia plástica, há 15 anos, de um médico de Trindade que se comoveu com a situação dela. No entanto, após 10 anos, as deformidades provocadas pela doença voltaram a aparecer no rosto dela.

 

Ainda segundo Marta, ela conseguiu um encaminhamento para a cirurgia no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo (Crer), mas ainda não sabe quando ou se o procedimento será realizado.

 

“Saiu uma vaga para mim no Crer, mas até agora só passei por consulta e fiz uma ressonância. Nem sei se essa cirurgia vai sair mesmo”, diz.

 

Em nota, o Crer informou que o médico responsável pela consulta de Marta solicitou exames. Porém, até o momento, a unidade afirmou que não recebeu autorização para o agendamento no Crer.

 

"Como a paciente é de Trindade, as solicitações devem ser levadas para a Secretaria Municipal de Saúde do município de origem para a devida autorização. Neste caso, a unidade orienta que a paciente entre em contato com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade de origem para mais informações sobre essa autorização", informou o Crer.

 
Fonte:G1-Go
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