O grupo, narra o MP-GO, criava empresas de fachada que, “mesmo sem estrutura, possuíam um vasto rol de atividades em seus contratos sociais”. Isso permitia que elas fossem contratadas para oferecer serviços e bens que iam desde locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos, cantores sertanejos e afins, até fornecimento de mão de obra e materiais hospitalares destinados ao combate da Covid-19.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deflagrou nesta quarta-feira (7), a segunda fase de uma operação para combater um esquema criminoso de fraudes em licitações, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro no estado. De acordo com o órgão, foram identificados indícios de fraudes em pelo menos 34 municípios praticadas por um grupo que usava “laranjas” para simular concorrência em licitações. Até o momento, 22 mandados de prisão preventiva e 50 de busca e apreensão foram expedidos.
O grupo, narra o MP-GO, criava empresas de fachada que, “mesmo sem estrutura, possuíam um vasto rol de atividades em seus contratos sociais”. Isso permitia que elas fossem contratadas para oferecer serviços e bens que iam desde locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos, cantores sertanejos e afins, até fornecimento de mão de obra e materiais hospitalares destinados ao combate da Covid-19.
Segundo informações do MP-GO, os suspeitos alvos da operação Limpeza Geral receberam, entre 2015 e 2022, mais de R$ 300 milhões em empenhos pagos pelos municípios.
Além das fraudes, a operação do MP-GO constatou indícios de que os membros da organização, inclusive com envolvimento de agentes públicos, forjavam a contratação sem licitação das empresas “para viabilizar desvios de recursos públicos, por serviços ou bens que não eram executados ou entregues.”
Até o momento, foram encontrados indícios de fraude em 34 municípios de Goiás. Os mandados são cumpridos nos seguintes: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Nerópolis, Leopoldo de Bulhões, Campo Limpo de Goiás, Silvânia, Pirenópolis, Luziânia, Iporá, Rubiataba, Araguapaz, Uruaçu, Campos Verdes, Crixás e Palmas (TO).
Em nota, a Prefeitura de Pirenópolis, um dos municípios onde os mandados são cumpridos, declarou que, “tão logo tenha acesso às informações a respeito da operação realizada esta manhã, irá se pronunciar. Reitera também a disposição em contribuir com Ministério Público e a Polícia Civil do estado de Goiás”.
Os municípios do Vale do São Patrício são: Crixás, Goianésia, Jaraguá, Pilar de Goiás
Pirenópolis, Rianápolis, Rubiataba e Uruana.
A operação, que já resultou no sequestro e bloqueio de bens no valor de R$172.103.335,03 em relação a 26 investigados e 21 empresas, conta com 30 promotores de Justiça, 23 delegados de Polícia, 65 agentes policiais e 100 policiais militares, além de servidores do MPGO e integrantes da Polícia Penal e do Corpo de Bombeiros de Goiás.
Veja a lista dos 34 municípios nos quais foram identificados indícios de fraudes nas licitações:
Alto Horizonte
Amorinópolis
Anápolis
Araguapaz
Cachoeira de Goiás
Campo Limpo
Corumbá de Goiás
Cristalina
Crixás
Formosa
Goianésia
Hidrolândia
Itauçu
Jaraguá
Leopoldo de Bulhões
Luziânia
Mutunópolis
Nova Crixás
Nova Iguaçu
Novo Gama
Ouro Verde
Palmeira de Goiás
Pilar de Goiás
Pirenópolis
Rianápolis
Rio Verde
Rubiataba
Santa Helena de Goiás
Santa Terezinha de Goiás
Santo Antônio do Descoberto
São Luís de Montes Belos
Senador Canedo
Uruaçu
Uruana