24 de Novembro de 2022, 17:37
  -  Notícias - Goiânia
Mãe de bebê registrada por casal preso se arrependeu no momento de entregar a menina, diz polícia

Delegada disse que a mãe da bebê já tem outra filha e alegou não ter condições de criar mais uma criança. Casal que registrou a menina ficou em silêncio durante a prisão

Em depoimento, a mãe da bebê que foi registrada por um casal preso disse que se arrependeu no momento de entregar a menina, segundo a delegada Thaynara Andrade. A investigação apontou que o casal foi detido ao se passar por pais da menina e registrá-la em um cartório de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

 

“Segundo a mãe, era uma doação, ela queria que a adoção fosse regularizada, mas ela falava que não entendia da lei. No momento de entregar a criança, ela se arrependeu e quis ficar”, explicou.

O casal ficou em silêncio durante a prisão e, como eles não tiveram a identidade divulgada, o g1 não localizou a defesa até a última atualização desta reportagem.

 

À delegada, a mãe disse que conhecia a mulher que registrou a filha, mas não explicou sobre a relação das duas. Segundo a delegada, a mãe da bebê já tem outra filha e alegou que não tinha condições de criar mais uma criança.

 

“Ela disse que tinha a intenção de abortar e essa mulher disse que ia pegar a criança. Ela disse que não recebeu nenhuma vantagem, mas não ficou esclarecido”, disse.

Conforme apurado pela polícia, no último exame do pré-natal, a mãe chegou a apresentar o documento de identidade da mulher que foi presa, se passando por ela.

O caso

De acordo com a delegada Bruna Coelho, no domingo (20), a mulher presa foi à Maternidade Marlene Teixeira como acompanhante da grávida e as duas trocaram os documentos de identidade, se passando uma pela outra.

 

“A acompanhante se passou pelo nome da grávida e a grávida se passou pelo nome da acompanhante, porque o documento do nascido vivo que o hospital emite já ia sair no nome de quem queria registrar [a mulher presa]. A mulher presa pegou esse documento junto com o marido dela e foi registrar. A grávida informou que não sabia e não deu autorização’, explicou.

 

Mãe de bebê registrada por casal preso se arrependeu no momento de entregar a menina, diz polícia

Delegada disse que a mãe da bebê já tem outra filha e alegou não ter condições de criar mais uma criança. Casal que registrou a menina ficou em silêncio durante a prisão.

Por Michel Gomes, g1 Goiás

 

24/11/2022 14h41 Atualizado há 2 horas

 

     

Casal é preso suspeito de se passar por pais de recém-nascida para registrá-la em cartório, em Aparecida de Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Casal é preso suspeito de se passar por pais de recém-nascida para registrá-la em cartório, em Aparecida de Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Militar

 

 

Em depoimento, a mãe da bebê que foi registrada por um casal preso disse que se arrependeu no momento de entregar a menina, segundo a delegada Thaynara Andrade. A investigação apontou que o casal foi detido ao se passar por pais da menina e registrá-la em um cartório de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

 

“Segundo a mãe, era uma doação, ela queria que a adoção fosse regularizada, mas ela falava que não entendia da lei. No momento de entregar a criança, ela se arrependeu e quis ficar”, explicou.

Compartilhe no WhatsApp

Compartilhe no Telegram

O casal ficou em silêncio durante a prisão e, como eles não tiveram a identidade divulgada, o g1 não localizou a defesa até a última atualização desta reportagem.

 

À delegada, a mãe disse que conhecia a mulher que registrou a filha, mas não explicou sobre a relação das duas. Segundo a delegada, a mãe da bebê já tem outra filha e alegou que não tinha condições de criar mais uma criança.

 

“Ela disse que tinha a intenção de abortar e essa mulher disse que ia pegar a criança. Ela disse que não recebeu nenhuma vantagem, mas não ficou esclarecido”, disse.

LEIA TAMBÉM:

 

Casal é preso suspeito de se passar por pais de recém-nascida para registrá-la em cartório, em Aparecida de Goiânia

Polícia investiga troca de bebês em hospital de Aparecida de Goiânia

Polícia prende casal por suposto sequestro de bebê após o parto, Aparecida de Goiânia

 

Conforme apurado pela polícia, no último exame do pré-natal, a mãe chegou a apresentar o documento de identidade da mulher que foi presa, se passando por ela.

 

Maternidade Marlene Teixeira em Aparecida de Goiânia — Foto: Reprodução/Google Maps

Maternidade Marlene Teixeira em Aparecida de Goiânia — Foto: Reprodução/Google Maps

 

O caso

De acordo com a delegada Bruna Coelho, no domingo (20), a mulher presa foi à Maternidade Marlene Teixeira como acompanhante da grávida e as duas trocaram os documentos de identidade, se passando uma pela outra.

 

“A acompanhante se passou pelo nome da grávida e a grávida se passou pelo nome da acompanhante, porque o documento do nascido vivo que o hospital emite já ia sair no nome de quem queria registrar [a mulher presa]. A mulher presa pegou esse documento junto com o marido dela e foi registrar. A grávida informou que não sabia e não deu autorização’, explicou.

 

 

Em nota, a Secretaria de Saúde de Aparecida informou que a mulher chegou à unidade já em trabalho de parto e sem os documentos pessoais. A maternidade completou que, pós o parto, a equipe médica percebeu divergências nas informações prestadas pela paciente e por sua acompanhante e acionou a polícia.

 

O casal foi preso na última segunda-feira (21), mas a bebê nasceu no domingo (20). A delegada explicou que a mãe foi ouvida como testemunha, porque o crime do flagrante foi o uso de documentos falsos para o registro da menina.

 

“O crime da mãe seria entregar a criança mediante uma vantagem, econômica ou qualquer uma vantagem, que vai ser apurado. A polícia vai investigar se houve o objetivo de a mãe ter uma vantagem nessa entrega ou se ela só queria entregar para a adoção”, disse.

 

Bruna Coelho explicou que a recém-nascida foi encaminhada para o Conselho Tutelar e vai ficar em um abrigo até o juiz decidir se a mãe tem condições de ter a guarda.

 

“Parece que ela está tendo problemas e diz que não quer a criança. Apesar de ter falado que se arrependeu, em um primeiro momento a bebê vai para um abrigo”, finalizou.

Se condenado, o casal pode responder por registrar o filho de outra pessoa como seu, com pena de até 6 anos, e falsidade ideológica, com pena de até 5 anos. Além disso, se confirmado que a mãe foi beneficiada com a entrega da bebê, tanto ela quanto o casal, podem ter pena de até 4 anos, segundo a delegada.

BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO
BANNER PUBLICITÁRIO