13 de Abril de 2021, 23:32
  -  Atualização - Internacional
Egito cobra quase US$ 1 bi para liberar navio que bloqueou Canal de Suez

Autoridades egípcias decidiram não liberar o navio Ever Given, que bloqueou o Canal de Suez por quase uma semana no mês passado, informou a agência de notícias estatal Al Ahram nesta terça-feira (13). A embarcação de quase 400 metros foi desencalhada no fim de março, mas ainda continua na região. 

 

Um tribunal do país ordenou que a empresa proprietária do cargueiro, a japonesa Shoei Kisen Kaisha, pague US$ 900 milhões em indenização (o equivalente a cerca de R$ 5,1 bilhões) para que o navio seja liberado.

 

 

O valor seria utilizado para recompor as perdas provocadas depois de o Ever Given, de bandeira panamenha, impedir o tráfego marítimo em uma das principais rotas comerciais do mundo. Segundo o Al Ahram, a multa também inclui taxas de manutenção e os custos da operação de resgate. 

 

 

A embarcação ficou presa em diagonal no canal durante ventos fortes, na manhã de 23 de março. Uma operação de salvamento internacional trabalhou 24 horas, durante seis dias, para desalojar o navio. A atenção aumentava a cada dia que passava, uma vez que aproximadamente 400 navios de todo o mundo, transportando combustível e carga vitais, foram impedidos de cruzar a rota mais curta entre a Europa e a Ásia. 

 

O Ever Given voltou a flutuar com sucesso em 29 de março e foi movido para próximo do Grande Lago Amargo, entre os dois extremos do canal, para ser inspecionado quanto à navegabilidade e para permitir a realização de reparos.

 

A Shoei Kisen Kaisha informou que seguradoras e advogados analisam o pedido de indenização e se recusou a dar mais detalhes.

 

A UK Club, a seguradora de proteção e indenização do Ever Given, afirmou que respondeu a uma reclamação da Autoridade do Canal de Suez (SCA, em inglês) de US$ 916 milhões, mas questionou a fundamentação da multa.

 

"Apesar da magnitude da reclamação, que em grande parte não foi comprovada, os proprietários e suas seguradoras têm negociado de boa-fé com a SCA. Em 12 de abril, uma oferta generosa foi feita à SCA para resolver a questão", afirma o comunicado.

 

A empresa alega que é a seguradora do Ever Given para certas responsabilidades, como sinistros de obstrução ou questões de infraestrutura, mas não é a seguradora do navio em si ou da carga.

 

"O SCA não forneceu uma justificativa detalhada para esta multa extraordinariamente grande, que inclui uma indenização de US$ 300 milhões (R$ 1,7 bi) por um ‘bônus de salvamento’ e uma de US$ 300 milhões por ‘perda de reputação’”, reclama a seguradora. 

 

Após o navio voltar a flutuar, o Canal de Suez retomou as operações comerciais. A carga do navio foi apreendida até que a disputa seja resolvida, de acordo com a Autoridade do Canal de Suez.

 

As circunstâncias que provocaram a situação são investigadas separadamente pelas autoridades egípcias.

 

 

 FONTE CNNBRASIL

 

 

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