19 de Setembro de 2020, 10:03
  -  Cidades - Paraná
Mãe diz que perdeu guarda do filho por ser vegana; Justiça do Paraná aponta negligência nos cuidados com a criança

A paraguaia Patrícia Garcia, que mora em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, afirma que perdeu a guarda do filho, de um ano e dois meses, por ser vegana e por discriminação étnico-religiosa.


O G1 apurou que a decisão da Vara da Infância e Juventude do município, de agosto deste ano, diz que a guarda do menino foi transferida ao pai, Julio Moreira, de forma provisória, pois a criança apresentava grave quadro de saúde e não estava com a vacinação em dia.

 


A Justiça entendeu que a mãe, que cuidou sozinha do filho desde a gestação, foi negligente e que a criança corria riscos de saúde, conforme apuração do G1.

 

Patrícia alega que não foi ouvida para poder se defender dizendo como cuidava do filho e, portanto, provar que não foi negligente. Por isso, fez um abaixo-assinado on-line que, até sexta-feira (18), contava com mais de 90,6 mil assinaturas.


A transferência da guarda ocorre em casos excepcionais e, nessa situação, teve como base informações apresentadas pelo relatório da rede de proteção de Foz do Iguaçu e parecer do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

 

A defesa da mãe entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e aguarda que a decisão liminar do processo, que tramita em segredo de Justiça, seja revertida.

 

Relatórios apresentados à Justiça apontaram que a mãe não permitia que a criança consumisse alimentos com proteína animal. Além disso, indica que ela não concordava com a aplicação de vacinas por questões pessoais e porque algumas eram de origem animal.

 

A defesa reforçou ainda que a decisão da Justiça foi construída integralmente sob a alegação de que os hábitos alimentares e o planejamento familiar da mãe vegana oferecem risco à integridade física e psicológica do filho.


A Vara da Infância e Juventude de Foz do Iguaçu e instituições da rede de proteção informaram que não se manifestarão porque se trata de um processo sigiloso por envolver um menor de idade.

 

Amamentação


A criança ainda está em fase de amamentação e recebia leite da mãe. Com a transferência da guarda, há mais de um mês, Patrícia entrega diariamente o leite materno ao ex-marido pelo portão da casa dele.

 

Segundo a defesa, Patrícia diz ter sofrido violência doméstica durante o casamento e, por isso, tem uma medida protetiva vigente contra o ex-marido, que podia ver o filho com permissão da mãe. Procurada, a defesa do pai não quis se manifestar sobre o caso de violência.

FONTE G1

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